Uma das coisas que a gente aprende sobre “ser bom", no sentido de ter sucesso, é que significa estar sempre acertando. Automaticamente entendemos que o contrário, ou seja, errar, falhar, parar são estados ruins a serem evitados. Errar está relacionado em deixar de “ser bom”, já que não poderia coexistir com a estimada estrada do sucesso.
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Mas o que acontece se relacionamos esses estados a esses significados? Pra onde pode ir nossa vida caso assumimos que bom mesmo é não errar nunca?
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É natural, na tentativa de se proteger, deixarmos pra depois qualquer situação em que haja o risco de sentir desconforto ou dor. Avaliamos o medo de errar como algo ruim. Enquanto isso, o mundo embaixo da pele também é afetado: "Não deveria sentir coisas ruins. Preciso fazer algo a respeito! Preciso evitar essa situação que me deixa assim." Passamos a evitar situações e sensações.
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O problema é: nos livramos do "sentir medo de errar" e junto com ele vão as oportunidades de viver uma vida plena de significado. Ironicamente só não podemos fugir é da possibilidade de errar, caso "crescer" seja um valor pessoal... fica pra depois a vida que queríamos estar vivendo agora, e também as chances de acertar.
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É bem improvável aprender sem falhar. Ou mesmo chegar ao destino sem passar pelas curvas da estrada. Talvez seja impossível não errar até acertar o alvo.
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E então nos vemos em dias de alívio e satisfações fugazes. A outra semana começa e estamos cansados novamente. E tentar mais uma vez passa a ter mais a ver com "fracasso" do que com "persistência".
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▶ E se você tentar algo diferente? Algo parecido com parar e observar o medo da falha chegar e refletir sobre o que estaria fazendo se não fosse a sua presença ao invés de tentar mandá-lo pra longe (diminuí-lo, minimizá-lo...). Topa?
▶Qual foi a primeira coisa que você pensou? ▶Quantas coisas deixou de fazer por medo de sentir a dor da falha? ▶Há alguma situação nessa semana que pode vir a valer a pena conviver com essa dor para experimentar um dia diferente?
🍃 Bom é saber qual é nosso próprio caminho e agir em função dele, ao invés de viver para aliviar a dor. 🍃
"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas." (Antoine de Saint-Exupéry)
Ana Martha Lima Psicóloga Clínica amarthalima@gmail.com